segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

História de Vida - Sonia Dias de Paiva

Quero compartilhar com você do grande milagre que Deus fez em minha vida.
         Desde os seis meses de idade comecei a sofrer com as dores  causadas pela doença falciforme, que me fizeram sofrer durante 34 anos. Ficava hospitalizada com muita freqüência, tomava muitos remédios controlados (tramal, morfina, nubain, dolantina, tilex, entre outros). Contudo, nem sempre os mesmos controlavam as dores que sentia, as quais eram terríveis. Também, era feito trocas de sangue (exsanguineo transfusão) com freqüência e hidratação contínua (oral e injetável), na tentativa de me tirar do quadro álgico de dor. Mas, infelizmente, evoluía para pior a cada dia e ano que passavam, apesar de todos esses procedimentos terapêuticos, somados a outros não descritos aqui.
         A única opção de cura , humanamente falando, era o Transplante de Medula Óssea (TMO), mas esse tratamento não é coberto pelo Sistema Único e Saúde (SUS) para a doença falciforme, a doença que eu tinha. E em países em que o mesmo é realizado não é feito em pessoas que tem a idade que eu tinha, era o que sempre ouvia dos médicos, devido aumentarem os riscos de complicação e vida.
         Porém, Deus havia me prometido que assim como Ele operou o milagre na vida de Sara, que teve filho (Isaque) mesmo já tendo  passado da idade de  ter filhos (90 anos), não seria minha idade que  iria impedir de eu realizar o TMO, o qual eu realizei em 03 de Março de  2010, a nível experimental, pela   equipe de TMO do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/São Paulo.
          Deus providenciou todas as coisas: irmã com medula compatível; equipe de transplante; as passagens; hospedagens; e acompanhante que ficou comigo durante os cinco meses que fiquei em São Paulo, enfim, providenciou tudo.
         Não tive até o presente momento nenhuma complicação, e há dois anos não tenho mais as crises de dor, provocadas pela Doença Falciforme, a qual para honra e gloria do Senhor Jesus não faz mais parte de minha vida.
Ass: Sonia Dias de Paiva