sexta-feira, 20 de maio de 2011

relise do tcc - Sonia Dias de Paiva "Aluno Falciforme - O Paradoxo da Inclusão Escolar"

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
Curso: Pedagogia em Regime Especial
Orientadora: Profa. Esp. Maria Flaviana do Couto da Silva
Graduanda: Sonia Dias de Paiva

TEMA: Inclusão Escolar.

TÍTULO: Aluno Falciforme: O Paradoxo da Inclusão Escolar
                            “Conhecer Para Melhor Atender”

SITUAÇÃO PROBLEMA/QUESTÕES /NORTEADORAS. O presente estudo elucida várias reflexões sobre o Aluno Portador de Anemia Falciforme, em especial a questão do mesmo não ser reconhecido como um aluno portador de necessidades especiais. Por essa razão responde aos seguintes questionamentos:
 - Os alunos portadores de Anemia Falciforme estão incluídos na comunidade escolar?
- Como ocorre a inclusão desses alunos?
- Qual o grau de conhecimento dos professores, gestores, coordenadores pedagógicos, pais e alunos acerca da Anemia Falciforme?
- A comunidade escolar tem atendido as necessidades específicas desses alunos?
- Qual a expectativa do aluno portador da anemia falciforme diante das dificuldades encontradas na comunidade escolar?

JUSTIFICATIVA: Mostrar a realidade do portador de Anemia Falciforme dentro do contexto escolar, fornecendo informações que possam ajudar os educadores a conhecerem as complicações desta doença, e dessa forma serem capazes de lidar com situações que fazem parte da realidade dos alunos portadores da mesma, os quais segundo afirma Kikuchi :

“...tem baixa escolaridade, situação que refletem suas vidas quando adultos. Não ingressam no mercado de trabalho e os poucos que conseguem geralmente estão em atividades operacionais, que requerem esforço físico incompatível com a doença.”(1999, pg. 17).

OBJETIVOS:

Geral:       Oportunizar a comunidade escolar informações acerca da anemia falciforme, visando à melhoria das necessidades específicas dos alunos portadores da mesma, com o intuito de garantir, com sucesso, sua permanência na escola, possibilitando assim seu acesso a graus mais elevados de escolaridade.

Específicos:
·         Buscar esclarecer conceitos errôneos acerca da anemia falciforme e suas implicações na vida do aluno portador da anemia falciforme;
·         Fornecer ao educador informações acercar das principais dificuldades encontradas pelo aluno portador anemia falciforme na comunidade escolar;        
·         Promover conhecimentos que possam ajudar os educadores à melhor atender os alunos portadores da anemia falciforme, em suas necessidades, e conseqüentemente na sua escolaridade.



O presente trabalho contém três capítulos com seus respectivos subtítulos:

CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO.
1.1.  Breve Histórico da Anemia Falciforme
1.2.  Presença do Gene no Brasil
1.3.  Conceituando a Anemia Falciforme
1.4.  Contextualizando a Anemia Falciforme no Ambiente Escolar

CAPÍTULO II – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.

2.1. Contextualizando o Lócus da Pesquisa
2.2. Tabulando e Analisando os dados coletados
2.3. Análise Geral dos Dados Coletados

CAPÍTULO III – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A origem da exclusão escolar está em não aceitarmos aquilo que aparentemente foge da normalidade. Mas como podemos falar em normalidade em uma sociedade tão diversificada?
A proposta de inclusão educacional deve ser incondicional, não admitindo qualquer forma de segregação, fato que, infelizmente, acontece principalmente no que diz respeito aos alunos portadores de Anemia Falciforme, visto que os mesmos abandonam precocemente a escola, devido não terem suas necessidades médicas e educacionais atendidas, as quais de acordo com a pesquisa de campo, não são reconhecidas pela comunidade escolar (docentes e discentes), o que dificulta ainda mais a inclusão desses alunos, pois como atender necessidades, das quais não se conhece.
Contudo percebeu-se com a análise dos dados coletados que há interesse em conhecê-las, o que é, felizmente, possível com o desenvolvimento de projetos que visem levar informações sobre a doença e formas de melhor atender as necessidades dos alunos que tem a mesma. Dessa forma se desfará com o estigma da "doença dos esquecidos", assim como o de reconhecer o aluno com anemia falciforme como Aluno Falciforme, ele apenas é portador de uma doença, e não a doença em si. Por essa razão precisa ser visto de forma integral e tratado como uma pessoa que tem habilidades e competências, apesar das limitações que apresentam e necessidades médicas e educacionais especiais.
A escola tem importante papel para o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva, portanto não basta inserir o aluno portador de Anemia Falciforme, fisicamente, para dentro da escola, mas atender as necessidades específicas que o mesmo necessita. Faz-se necessário o comprometimento com a diversidade, só assim os direitos desses alunos serão alcançados e a educação inclusiva será efetivada.

BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente/Saúde. Brasília: 1997.
CARVALHO, Rosita Edler. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
KIKUCHI, Berenice Assumpção. ANEMIA FALCIFORME: Manual para agentes de educação e saúde. São Paulo: Health, 1999.

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